Lawless


Lawless
Dos Homens sem Lei

Realizador: John Hillcoat
Ano: 2012
Género: Crime e Drama.

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"Um... uh"


Estou sem imaginação para escrever uma critica longa, por isso digo só para irem ver o Lawless porque é um grande filme. A história é interessante, tem um bom conjunto de actores e uma grande interpretação de Tom Hardy que rouba totalmente todas as cenas onde está presente.

O enredo conta a história de três irmãos, os irmãos Bondurant, contrabandistas de álcool durante a lei seca e a sua luta contra a polícia, mais especificamente Charlie Rakes (Guy Pearce noutra das boas interpretações do filme).

Embora tenha algumas cenas de uma violência bastante explicita, a mesma não é demasiada usada e enquadra-se no contexto da cena.

Claramente, é um filme para todos os fãs do género e para os restantes vale a pena dar uma espreitadela, nem que seja para ver a interpretação de Tom Hardy.


Pontos fortes:
  • Tom Hardy;
  • Narrativa.

Pontos fracos:
  • Algumas personagens são subaproveitadas.

Balas & Bolinhos - O Último Capítulo



Balas & Bolinhos - O Último Capítulo

Realizador: Luis Ismael
Ano: 2012
Género: Acção, Aventura e Comédia.

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Quando apareceu o anúncio do terceiro filme deste, será que poderei dizer, franchise, fiquei algo nervoso. Balas & Bolinhos tinha-me marcado como poucos filmes conseguiram fazer (ainda hoje sou capaz de recitar parte do monologo do Rato durante o assalto) mas Balas & Bolinhos - O Regresso foi para mim uma desilusão tão grande (até adormeci a meio) que fiquei com receio de que este terceiro filme matasse de vez todo o fascínio que tinha. Mesmo assim, havia algo em mim que queria acreditar e com o passar do tempo fui deixando o cepticismo de lado e comecei a ficar novamente excitado com a hipótese de rever Tone, Rato, Culatra e Bino.

A história deste terceiro filme é bastante simples.
O grupo desta vez vê-se envolvido numa intriga internacional enquanto, cada um à sua maneira, tenta lucrar com a situação.

Nada de novo ou de revolucionário, mas a grande mais valia nunca foi os seus enredos, mas sim a interacção entre os quatro protagonistas e nesse ponto o filme está bastante forte e não sofre do mal de se repetir.

Nota-se no filme as influências do realizador noutras obras de cinema, tanto em termos de estrutura de cenas como nas próprias cenas, existindo cenas conhecidas de outros filmes.

A linguagem do filme continua igual às outras obras, por isso esperem muitas asneiras e calão. Uma evolução é a adição das chamadas one-liners que durante o filme puxou muitas gargalhadas.

Outra evolução em relação aos outros filmes, pelo menos em relação ao primeiro porque não me lembro assim tão bem do segundo, é a inclusão de uma vertente de acção que por estranho que possa parecer está bastante competente, tendo em consideração o tipo de filme e orçamento do mesmo.

O único ponto negativo no filme é a sua duração. Com cerca de 2 horas, existem partes do filme que podiam ser retiradas, evitando assim a perda de concentração por parte dos espectadores.

Relativamente aos actores, e passando ao lado dos cameos e das outras participações (um dos actores participou noutro pequeno filme desconhecido chamado Snatch), o enface deve ser todo dado aos quatro protagonistas e desse conjunto o que sobressaí é o actor Jorge Neto e a sua personagem Rato. Talvez por a sua personagem estar mais bem escrita ou por causa do actor ou até ambos, a verdade é que esse personagem rouba todas as cenas onde está presente.
Quanto aos outros três, claramente o elo mais fraco continua a ser a personagem do Bino que não sofre uma grande evolução em relação aos outros filmes.

Terminando, esta última obra é um grande filme? Não. É um mau filme? Também não. Tem piadas brejeiras? Tem!
Balas & Bolinhos - O Último Capítulo é aquele género de filme que tinha tudo para falhar, mas não falha. Não sei se é pelo ar meio amador que o filme ainda parece conter, se é pelo ar que os actores estão realmente a divertir-se, simplesmente não consigo explicar.
A única coisa que sei é que à algum tempo que não via uma sala de cinema com os espectadores a dar gargalhadas durante boa parte do filme e na saída a comentarem e a imitarem o que acabaram de ver.
Imperdível para os fãs das outras obras e também para todos os restantes (é um filme português que não deve nada a muitas, leia-se grande maioria, das comédias de Hollywood feitas actualmente e se isso não é suficiente não se esqueçam que é a primeira trilogia do cinema português).

P.S.: Fiquem até ao fim dos créditos!


Pontos fortes:
  • Ver novamente o grupo;
  • Cameos e participações de famosos;
  • Regresso de Octávio Matos aos filmes.

Pontos fracos:
  • Filme demasiado longo.

Total Recall



Total Recall
Desafio Total

Realizador: Len Wiseman
Ano: 2012
Género: Acção, Aventura e Ficção Cientifica.
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"You're going to wish you had three hands."

Mais um remake... Será que Hollywood ficou finalmente nem ideias originais ou querem simplesmente fazer dinheiro com um titulo que com o tempo ganhou o estatuto de culto.
Sinceramente não me recordo se vi alguma vez o filme original (blasfémia?), mas acho que todas as pessoas conhecem algumas das suas cenas mais icónicas. Assim, vou falar sobre o filme como uma obra original, tentando não fazer comparação com o filme original (até porque tenha visto ou não só me consigo recordar de algumas cenas).

O filme, baseado vagamente na obra We Can Remember It for You Wholesale de Philip K. Dick, passa-se no futuro, onde um trabalhador farto da sua vida vai a uma empresa para lhe ser implementado recordações de uma vida diferente.

Imediatamente o que sobressai no filme é o seu ambiente visual. Nesse campo, o filme é belíssimo e não deixa de surpreender praticamente durante toda a sua duração, demonstrando a evolução técnica cada vez maior nessa componente (trazendo o melhor e o pior para as obras cinematográficas).

A execução de enredo não apresenta nada de novo ou de revolucionário, mas também não defrauda o espectador, ou seja, sabe qual é o seu género e o seu público alvo e segue sempre por essa lógica, conseguindo agarrar o espectador durante a grande maioria do filme.

Sendo este um filme maioritariamente de acção, a violência apresentada não é especialmente forte, existindo até algumas cenas e coreografias bastante interessantes.

Tal como indicado acima, o ambiente visual é bastante impressionante e embora esse seja um ponto forte é também um dos pontos fracos do filme, devido ao uso excessivo do CGI, fazendo com que o filme sofra do mal style over substance, independentemente de saber qual o seu público alvo.

Quantos aos actores, e com excepção dos principais (Colin FarrellKate BeckinsaleJessica Biel), todos os restantes têm interpretações competentes, embora não exista nenhuma memorável (compreensível dado o tempo mais reduzido delas e o seu pouco desenvolvimento). Quando ao triângulo principal, as interpretações são bastante sólidas, embora Colin Farrell não tenha o carisma que me parece que Schwarzenegger conseguiu na versão original (sim, eu sei que disse que não ia comparar, até porque não me recordo de ver o filme, mas pelas cenas que vi, é a ideia que dá), o que faz com que o filme perca alguns pontos.

Terminando, não consigo ter uma opinião muito clara sobre o filme, porque embora pareça que aposte muito no ambiente visual e menos no desenvolvimento da história e das personagens, ainda assim vi o filme com bastante interesse e não senti-me defraudado no final, ou seja, entreteve.
E não será isso um dos objectivos principais de um filme?


Pontos fortes:
  • Ambiente visual;
  • Kate Beckinsale
  • Algumas sequências de acção.

Pontos fracos:
  • Ambiente visual;
  • Carisma de  Colin Farrell;
  • Personagens secundárias pouco desenvolvidas.


Créditos Finais - Tony Scott

Irmão de Ridley Scott, e realizador de clássicos de acção como Top Gun e Beverly Hills Cop II, morre aos 68 aparentemente devido a suicídio.

Que descanse em paz.

Jin Líng Shí San Chai

The Flowers of War
As Flores da Guerra


Realizador: Yimou Zhang
Ano: 2011
Género: Drama, Histórico e Guerra.

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"Last night you were a drunken bastard but today you are a hero."

Yimou Zhang, realizador famoso, conhecido por obras como Hero, apresenta a sua nova obra, um épico histórico passado nos primeiros tempos da 2ª guerra mundial.

O filme, baseado em factos verídicos, conta a história da ocupação Japonesa na cidade de Nanking  e a tentativa de fuga de um conjunto de mulheres escondidas numa igreja.

Não tendo acompanhado a carreira do realizador, entrei para o filme sem nenhuma expectativa, devido a estes géneros não serem os meus de eleição. A única coisa que me despertava algum interesse seria a interpretação de Christian Bale. Estava até algo apreensivo, por achar que ia estar na presença de um drama pesado e massudo (nada contra esse tipo de dramas, simplesmente não gosto deles), mas devido a não haver mais nenhum filme a começar por aquela altura resolvi arriscar.

E como eu estava enganado...

O filme não perde tempo e faz-nos entrar logo na acção com uma cena bastante violenta graficamente. Aliás, uma das surpresas do filme foi o seu carácter violento, não poupando os espectadores a cenas mais fortes. Mas não se pense que o filme tenta agarrar o espectador com a violência, pelo contrário, a violência apenas serve como ajuda para se entender (e por vezes não entender) o comportamento e acções das personagens que se vêm envolvidas no meio desse inferno.

Além da violência física, o filme apresenta-nos também a chamada violência psicológica com cenas e acções por parte de personagens que com o passar da narrativa vai nos custar mais a aceitar, podendo ser algo desgastante para as pessoas mais sensíveis.

Visualmente bastante bem conseguido, neste capitulo o filme falha apenas nas suas poucas cenas em que usa CGI (os efeitos de computador parecem de à 5 anos atrás), embora devido a serem muito pouco utilizados não tira nenhum brilho ao mesmo.

Falado em mandarim e inglês, este facto dá ao filme outro toque de realismo ajudando o espectador a investir mais na narrativa.

Todos os actores que participaram no filme tiveram interpretações bastante sólidas ajudando também para nos envolver na história. Quanto ao único actor que conheço (acredito que alguns dos restantes também são bastante conhecidos), Christian Bale apresenta uma interpretação bastante segura, sobressaindo ligeiramente em relação ao restante elenco (embora em algumas cenas ficava na dúvida se não estava na presença de uma cena cortada do The Dark Knight Rises, tal era a similaridade de interpretação por parte do actor).

Para finalizar, este é um filme bastante bom e que mostra novamente que existe vida para além do cinema de Hollywood. Visualmente bastante bom, não tem medo de percorrer caminhos que a maioria dos filmes americanos não percorre e de deixar, não pontas soltas, mas partes da narrativa por explicar, fazendo com que o espectador saía da sessão com algum desconforto e a ideia de que por vezes não é possível saber todas as consequências de acções tomadas.


Pontos fortes:
  • Interpretação dos actores;
  • Narrativa;
  • A prova (mais uma) que nem só de Hollywood vem grande cinema.

Pontos fracos:
  • Passar despercebido no circuito comercial português.

The Dark Knight Rises



Após 7 anos desde do início do que vai ficar conhecida como uma das grandes triologias da história do cinema, após momentos tão estúpidos que parecem irreais, após recordes batidos e expectativas completamente esmagadas (no bom sentido), chega finalmente? ao fim a triologia de Nolan sobre o homem morcego.

The Dark Knight Rises (em português, O Cavaleiro das Trevas Renasce) parece deixar na maioria dos espectadores um grande ponto de interrogação.
"Foi bom?", "Não foi bom?", "Estavámos com as expectativas demasiadas altas para este filme, devido ao The Dark Knight?".

Pessoalmente, acho que o filme é bastante bom (na segunda visualização ainda fiquei mais com essa ideia) embora esteja uns furos abaixo do The Dark Knight (essa sim, a grande obra da triologia).

Esta devia ser a altura em que escrevia uma, chamemos critica, ao filme, mas como ainda não tenho uma ideia 100% clara do que o filme valeu realmente, prefiro esperar algum tempo e, após a sua saída nos formatos do costume fazer uma sessão em que irei ver a triologia completa e aí sim, será possível analisar a obra como um todo (algo que claramente as pessoas envolvidas neste projecto sempre quiseram).

Entretanto, o único conselho que posso dar é que vão ver o filme, porque embora não tenha ainda uma ideia 100% clara do seu valor, este é claramente um filme que deve ser apreciado no cinema.

Ted

Ted


Realizador: Seth MacFarlane
Ano: 2012
Género: Comédia e Fantasia.

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"... somewhere out there are four terrible fathers I wish I could thank for this great night!"

Na primeira viagem do criador das séries politicamente incorrectas Family Guy, American Dad e Cleveland Show, ao mundo do cinema, Seth MacFarlane aproveita um tema que embora já tenha sido utilizado no passado em vários filmes é aqui apresentado numa outra visão.

O filme conta a história de John Bennett (Mark Wahlberg) que após um desejo de criança dá vida ao seu urso de peluche, tendo ficado amigos inseparáveis desde esse dia. Já adulto, John tem de conseguir conciliar a sua amizade e a relação com a sua namorada Lori (Mila Kunis). Trocando por miúdos, o filme continua todas as histórias infantis em que um objecto inanimado ganha vida, apresentando neste caso uma possível consequência do que essa acção pode acarretar para o resto da vida.

A premissa é bastante interessante e tem um grande potencial, e embora por vezes o ritmo do filme quebre (nota-se a falta de experiência do realizador), durante a maior parte dos 106 minutos, o espectador não nota essa falha.

Sendo um filme de comédia, as piadas e cenas apresentadas estão bem conseguidas, com especial destaque para a cena de luta, e embora não resultem todas (nada de estranho, visto ninguém ter os mesmos gostos) os espectadores saem da sessão bastante divertidos.
Infelizmente, nota-se em grande parte das piadas que Seth MacFarlane não consegue despir o fato de criador de Family Guy, sendo bastante perceptível as similaridades entre o filme e a série e tornando algumas das piadas previsíveis, o que acredito que para os grandes fãs da série possa ser uma mais valia, mas para todos os outros não (quase que posso jurar que a introdução é igual a um episódio de Family Guy).

Tendo o filme o nome Ted, seria impossível não falar de um dos interpretes principais, e sim, digo interprete porque actualmente com o avançar da tecnologia, e quando não é usada de forma abusiva, as criações digitais misturam-se praticamente na perfeição no mundo real. Claramente que estou a falar do urso de peluche (Seth MacFarlane), que contém um grande carisma, fazendo com que o espectador goste dele, embora seja o típico personagem imbecil que muito facilmente é odiado (aqui é preciso tirar o chapéu a Seth MacFarlane que soube escrever bastante bem o personagem, talvez dado uso à experiência de escrita das séries). Em relação ao restante elenco, não tenho nada de especial a assinalar, excepto talvez a ideia de que Mark Wahlberg consegue boas prestações quando escolhe projectos interessantes e inteligentes e que existem alguns cameos bastante surpreendentes durante o filme.

Para terminar, estamos perante provavelmente uma das grandes comédias do ano, que embora apresente algumas falhas, essas são tapadas pela comédia que resulta grande parte das vezes, se for fã das séries de animação do realizador ou desse tipo de comédia.

Nota: Não se deixem enganar pelo urso de peluche fofinho, o filme não foi feito para crianças mas sim para os pais das crianças.

Pontos fortes:

  • Premissa do filme;
  • Interacção entre os actores e o Ted;
  • Cameos.

Pontos fracos:

  • Nota-se alguma inexperiência por parte do realizador;
  • Realizador não consegue afasta-se do tipo de lógica usado em Family Guy.



The Punisher - Dirty Laundry



Ao investigar pela net, deparei-me com esta curta sobre a personagem de BD da Marvel, Punisher.
Embora não seja grande fã (para dizer a verdade, nem conheço muito de BD tirando os heróis mais famosos) nem tenha visto os filmes, esta curta aguçou-me a curiosidade para investigar mais sobre este anti-herói.

Para os curiosos aqui fica o link para a curta.

P.S.: Aparentemente esta curta foi feita sem o conhecimento da Marvel.

Abraham Lincoln: Vampire Hunter

Diário Secreto de um Caçador de Vampiros


Realizador: Timur Bekmambetov
Ano: 2012
Género: Acção, Fantasia e Terror.

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"I shall kill them all!"

A primeira vez que li sobre o conceito do filme deu-me vontade de rir. Um dos mais famosos presidentes da história americana e mundial afinal era um caçador de vampiros. Pareceu-me um plot de um qualquer filme de série B e nem os nomes de Tim Burton (como produtor) e Timur Bekmambetov (para quem não conhece, o realizador da triologia russa Nochnoy Dozor e do filme Wanted) gerou mais interesse nesta obra. Com o tempo também descobri que o filme era baseado no livro com o mesmo nome do escritor Seth Grahame-Smith, mas continuei sem o mínimo interesse, "Mais um filme a tentar rentabilizar o fenómeno que os vampiros geraram" pensava eu.

Fim de semana, e no cinema do costume os únicos filmes que saltam à vista são The Cold Light of DayAbraham Lincoln: Vampire Hunter e após visita à bíblia cinematográfica da Internet, percebi que lá ia ver Abraham Lincoln: Vampire Hunter (e ainda por cima em 3D)... "Bem, pelo menos o plot é menos estúpido que o do filme Warm Bodies", foi o que pensei antes de entrar na sala.

Como já indiquei acima, vamos acompanhar a vida secreta do 16º presidente dos Estados Unidos como caçador de vampiros e por muito estranho que possa parecer o filme não é mau. Aliás, quase que estou tentado em dizer que pode ser considerado uma das agradáveis surpresas do ano. Não quero com isto dizer que é um grande filme, mas sim, que sabe claramente o seu género e se o espectador for para a sessão a saber o que esperar não vai sair defraudado e vai claramente divertir-se.

O filme, visualmente é deslumbrante, tanto ao nível dos cenários, como da própria caracterização dos actores, e existem alguns detalhes e pormenores que faz com que inconscientemente o espectador fique mais envolvido. Quanto à utilização do 3D, saí do cinema sem uma ideia clara sobre a utilização da mesma no filme. Se houve cenas em que claramente a tecnologia é bem utilizada, existem outras cenas em que não traz nada de novo. As cenas de acção estão bem coreografadas, embora não seja nada revolucionário, e bastante violentas, o que vai agradar aos fãs.

O grande ponto fraco do filme é claramente a execução da história, ou seja, o filme não devia ter saído da sua premissa principal. Devido a isso, as cenas sobre o sub-plot, fazem o filme perder força, e embora sejam necessárias, não deviam ter uma importância tão grande (leia-se tempo) na obra.

Quanto aos actores, não tenho nada de mal a indicar, e achei a interpretação de Benjamin Walker (clone de Liam Neeson) a grande surpresa do filme a ponto de achar que num filme mais sério sobre Abraham Lincoln, a sua contratação podia ser considerada.

Para finalizar, Abraham Lincoln: Vampire Hunter é claramente um filme divertido e interessante para quem sabe para o que vai. Visualmente e tecnicamente bem executado cumpre a premissa principal de uma obra cinematográfica que é entreter.


Pontos fortes:
  • Ambiente visual;
  • Interpretação do actor  Benjamin Walker.

Pontos fracos:
  • Execução da história.

Prometheus

Prometheus


Realizador: Ridley Scott
Ano: 2012
Género: Acção, Terror e Ficção Científica.

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"The search for our beginning could lead to our end."

Um dos filmes mais esperados do ano representa o regresso de Ridley Scott a um género que o tornou famoso com as obras Alien e Blade Runner. Inicialmente não prestei muita atenção ao filme, devido à pouca informação e também porque parecia que seria era apenas um filme para capitalizar o sucesso de Alien. Com o tempo fui lendo mais sobre o filme e apercebi-me que talvez estivesse errado e neste feriado sem mais nada de interessante para fazer resolvi ir espreitar a obra ao cinema.
O filme, passado no mesmo universo do Alien conta a história de uma equipa que viaja até um planeta distante para descobrir a origem da espécie humana.
Após um dos melhores início que vi nos últimos tempos, o filme vai perdendo força e quando parece que está a ir perigosamente para o abismo (figurativamente falando claro), volta a recuperar a sua força,  mantendo-a até ao fim.
Visualmente muito impressionante, Ridley Scott consegue progressivamente puxar-nos para o seu universo e quando o filme começa a acelerar já estamos totalmente envolvidos no mesmo.
A utilização do 3D neste filme é desnecessário, e tirando três ou quatro cenas em que ajuda de facto, durante o restante tempo simplesmente não nos lembramos que o filme é em 3D.
O elenco tem todo interpretações sólidas, com excepção de Charlize Theron (uns furos abaixo, mas mesmo assim não é uma má interpretação) e com destaque especial para Noomi Rapace (gostei bastante da interpretação dela).
Para finalizar, esperamos na presença de um grande filme de ficção cientifica, que demonstra que o realizador ainda não perdeu o jeito para este género (embora tenha achado que Blade Runner não fosse nada de especial). Um filme que vem alargar de uma forma bastante inteligente o universo criado pela saga Alien e que deve ser visto por todos os fãs de ficção científica e de cinema no geral.

Pontos fortes:

  • ambiente visual;
  • Início do filme;
  • História.

Pontos fracos:

  • Algumas incoerências;
  • 3D.

Dark Shadows


Sombras da escuridão


Realizador: Tim Burton
Ano: 2012
Género: Comédia e Fantasia.

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"Welcome home, Barnabas Collins."

Um filme de Tim Burton é sempre uma experiência cinematográfica interessante e se tiver Johnny Depp (actor fetiche do realizador) significa que estamos potencialmente na presença de um grande filme (exemplos disso temos Edward Scissorhands e Ed Wood, entre outros).
Desta vez, a colaboração Burton-Depp entra no mundo dos cada vez mais mal-amados vampiros (todos sabemos porquê), transportando para o grande ecrã uma famosa série do fim dos anos 60, início dos 70 com o mesmo nome.
No filme, seguimos a história de Barnabas Collins, um vampiro que após ter sido aprisionado, consegue libertar-se e vai tentar recuperar da ruína a outrora grandiosa família Collins. O enredo não é assim tão simplista, mas eu prefiro não me adiantar mais para evitar spoilers.
Sendo este um filme de Tim Burton, seria de espera o seu toque nos ambientes visuais e de facto note-se a sua mestria durante os primeiros minutos, mas depois parece que essa magia perde-se um pouco (não estou a dizer que está pior, simplesmente estava à espera de mais).
A história não flui linearmente como estava à espera, sendo mais parecido com uma viagem numa montanha-russa, ou seja, momentos em que estava realmente interessado na história (por exemplo, a interacção entre a família e o novo membro aparecido) intercalados com momentos quase aborrecidos (os últimos 20 minutos são para mim o mais fraco do filme). A parte cómica do filme está boa e não parece forçada, levando as pessoas a dar algumas gargalhadas (a maioria delas durante as aparições de Depp).
Com um grande leque de actores, de onde se destacam Johnny DeppMichelle PfeifferEva GreenHelena Bonham CarterJackie Earle HaleyChloë Grace Moretz e alguns cameos de peso como Christopher Lee (uma homenagem ao seu passado?), Alice Cooper e até o Barnabas Collins original da série, Jonathan Frid, é complicado escolher o melhor e pior, mas talvez escolhesse Michelle Pfeiffer como a interpretação que me interessou mais e Jonny Lee Miller como a mais cinzenta.
Finalizando, não estamos na presença do melhor trabalho de Burton nem de Depp, mas o filme é suficientemente bem realizado e interpretado para se ir dar uma espreitadela.



Pontos Fortes
  • Interpretação dos actores;
  • Interacção entre a família.
Pontos Fracos
  • Ambiente visual mais fraco do que seria de esperar num filme de Burton;
  • Partes em que a história aborrecia.


The Raven


O Corvo


Realizador: James McTeigue
Ano: 2012
Género: Mistério e Thriller.






"You are referring to one of my stories. A work of fiction!"

Um filme baseado na obra de um escritor não é algo para eu ficar com uma curiosidade maior em ir investigar em relação a qualquer outro filme, mas quando esse escritor é o Edgar Allan Poe o caso muda de figura. Desde que o descobri que tenho tido sempre bastante interesse sobre a sua obra.
Assim, quando li pela primeira sobre o filme fiquei com o misto de excitação e medo. Eu queria que o filme fosse bom, mas também sabia que podiam aproveitar-se do nome do escritor e fazer um filme medíocre (algo que começa a ser cada vez mais norma em Hollywood) e após ver o trailer fiquei com a ideia que os meus piores medos iam ser verdade. Mesmo assim, resolvi arriscar e lá me dirigi ao cinema.
A história do filme é simples, na América do século XIX, um lunático encontra-se a cometer uma série de crimes macabros, tendo como inspiração obras do famoso escritor. A polícia, não sabendo quem é o criminoso, nem como capturá-lo, junta-se ao escritor de forma a parar esta onda de violência.
Não é propriamente uma história original, mas já existiram outros filmes que mesmo não contendo histórias originais, conseguem apresentar uma abordagem nova, agarrar-nos à história devido a outros factores (um caso em particular que me lembro é o Avatar de James Cameron) ou apenas entreter-nos (na minha opinião o objectivo principal do cinema). Infelizmente, este filme falha em qualquer um desses pontos.
A história parece que foi escrita à pressa não existindo grandes desenvolvimentos a nível das personagens, cenas incoerentes com o que se passou algumas cenas antes e até o próprio final é pouco imaginativo para não dizer pior. Factores externos à história que possam sobressair não me lembro de nenhum e até mesmo as cenas mais fortes do filmes em termos de violência são bastantes fracas.
No elenco não existe nenhum actor que salte à vista e até mesmo John Cusack (um actor que aprecio bastante, considerando que é sobrevalorizado em Hollywood) no papel de Allan Poe não tem uma interpretação digna de registo.
Terminando, The Raven é um filme que tinha potencial para ser uma das agradáveis surpresas de 2012, mas infelizmente não passa de uma obra de mistério fraca e que poucos se vão recordar.
Edgar Allan Poe merecia mais e melhor.


Pontos Fortes
  • A leitura de alguns excertos da obra de Edgar Allan Poe.
Pontos Fracos
  • História;
  • Final;
  • Potencial da obra do escritor que não foi aproveitado.

The Hunger Games


Os Jogos da Fome



Realizador: Gary Ross
Ano: 2012
Género: Acção, Drama, Ficção Cientifica e Thriller.
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"They just want a good show, that's all they want."

Na altura que ouvi falar sobre o filme, o conceito pareceu-me interessante embora não fosse muito original (Battle Royale já tinha realizado um conceito idêntico, por exemplo). Independentemente disso, fiquei com bastante curiosidade para ir ver este potencial novo blockbuster.
Com a evolução do filme, fui ficando cada vez mais apreensivo, porque parecia-me que estavam a aproximar-se perigosamente das premissas usadas e abusadas pela saga Twilight. Assim, na altura da estreia tinha perdido grande parte da curiosidade original para ir ver o filme. Mas, após ver criticas bastantes favoráveis e uma pontuação muito interessante na bíblia de cinema da internet (embora isso muitas vezes não queira dizer nada), resolvi dar uma hipótese ao filme (no pior dos casos seria 2 horas e 6,50€ que não iria recuperar).
Para quem nunca ouviu falar do filme, este é baseado nas obras de sucesso de Suzanne Collins, e conta a história de um futuro onde uma vez por ano um grupo de jovens é obrigado a lutar até à morte num jogo conhecido como Jogos da Fome. Na verdade, a história não é assim tão simples, mas para evitar spoilers vou evitar adiantar mais e também porque embora não tenha lido nenhum dos livros, parece-me que neles o conceito está melhor explorado (sendo esta aliás uma das falhas do filme).
Sobre o filme em si, saí da sessão com o chamado sabor agridoce (cliché muito utilizado e que fica sempre bem) que passo a explicar. Para começar, a forma de filmar pareceu-me muito nervosa e com demasiados closeup aos actores fazendo com que se perdesse detalhes. A maioria das personagens não teve um grande desenvolvimento, o que fez com que não tivesse minimamente interessado com o que poderia acontecer com elas e abusaram muito no chamado factor romântico do filme.
Os cenários e caracterização são bastantes bons e o elenco faz um bom trabalho (gostei especialmente da interpretação do actor Woody Harrelson e do carisma do cantor/actor Lenny Kravitz).
Para terminar, e frisando mais uma vez que não li nenhuma das obras e por isso não sei o quanto está rigoroso com a mesma, mas partindo do princípio que está minimamente, o filme não deve desiludir os fãs da obra e é suficientemente interessante para os restantes espectadores (houve partes em que tive realmente "agarrado" à história).

Pontos Fortes

  • Cenários;
  • Caracterização;
  • Elenco.

Pontos Fracos

  • Demasiado romantizado;
  • Maioria das personagens pouco desenvolvidas.