La Ciociara

La Ciociara (1960)

http://imdb.com/title/tt0054749/

Passado nos dias finais da libertação da Itália durante a 2a guerra mundial, este filme conta a história de duas mulheres (mãe e filha) na sua tentativa de obter uma vida melhor.
Como todos os outros filme de De Sica vistos, estamos na presença de um argumento dramático que devido a uma cena em particular sobressaí em relação a outras obras do realizador.

Pontuação: 71

Umberto D.

Umberto D. (1952)

http://imdb.com/title/tt0045274/

Do famoso realizador italiano Vittorio De Sica, este clássico do neo-realismo, mostra a história de um reformado a lutar numa Itália indiferente.
Como uma boa cinematografia e uma grande interpretação do seu actor principal, este filme é obrigatório para os fãs do género.
Para os restantes pode parecer algo secante e sem história.

Pontuação: 60

Die Hard

Die Hard (1988)

http://imdb.com/title/tt0095016/

Um clássico de acção que ainda hoje em dia é relevante.
O filme que lançou a carreira de actor de acção do Bruce Willis.
Algo parado em comparação com os filmes da mesma  altura, mesmo assim, contém das cenas de acção mais lembradas da época.

Pontuação: 75

P.S: Alan Rickman é simplesmente excelente como o antagonista do herói.

Full Metal Jacket

Full Metal Jacket (1987)

http://m.imdb.com/title/tt0093058/

Do famoso realizador Stanley Kubrick, Full Metal Jacket apresenta mais uma visão sobre os horrores da guerra do Vietname.
Um filme que apresenta uma estrutura de três actos totalmente definidas, servindo cada uma delas como representação da vida dos soldados. Cada vez que passamos de um acto para o outro, parece que estamos na presença de um filme totalmente diferente, mas ao contrário do que acontece com outros filmes, essa opção valoriza a obra.
Com cenários bastantes ricos e bonitos (dentro dos horrores da guerra) e interpretações de luxo (por exemplo, pelo actor R. Lee Ermey), não é de estranhar que este filme seja considerado um clássico, e não só no género de guerra.
Imperdível para qualquer apreciador de cinema, mesmo que não seja fã do género (o final do filme é algo que já é considerado lenda).

Pontuação: 82

20,000 Days on Earth

20,000 Days on Earth (2014)

http://imdb.com/title/tt2920540/

Nick Cave a falar sobre Nick Cave.
Admito que não conheço a obra do cantor multifacetado, mas falando com uma entendida do assunto, este era o filme que estava à espera.
Tentando detalhar um pouco mais, é um filme estranho, mas se conseguirmos passar a estranheza e confusão do inicio, a película acaba por ser muito interessante.
Tem uma forma original de mostrar a vida do artista (o filme deveria ser um documentário, mas parece mais um argumento de um filme independente), sendo apenas passado durante um dia mas que consegue englobar toda a sua carreira.
Mesmo as perguntas difíceis e que por vezes causam estranheza noutros documentários, aqui são respondidas de forma natural e sem esconder nada.
Imperdível para os fãs do artista e de documentários.

P.S: Contém algumas das frases mais lendárias que vi no cinema nos últimos tempos (eu sei que os fãs do artista vão dizer que isso é normal nele).

Pontuação: 80

Voyage dans la Lune

A viagem até à lua....
Ou pelo menos como podia ter sido, imaginada 67 anos antes de o Homem ter realmente pisado a sua superfície, pelo pioneiro do cinema Georges Méliès.
Este filme (que na verdade com apenas 12 minutos, enquadra-se atualmente na categoria de curta), maravilhou as audiências na sua época. Além disso contém uma das imagens mais icónicas da história do cinema.
Fiquem com este pedaço da história do cinema mundial.


300: Rise of an Empire



Realizador: Noam Murro
Ano: 2014
Género: acção, drama, fantasia, guerra.


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"For glory's sake, war!"

Em 2006, e aproveitando em parte o estilo inovador de Sin City, surgiu 300 de Zack Snyder. Baseado numa graphic novel de Frank Miller, o filme foi um surpreendente sucesso.

Agora, em 2014, surge a sequela tendo por base novamente uma graphic novel de Frank Miller, mas desta vez Zack Snyder fica apenas com o papel de produtor passando a realização para o cargo de Noam Murro. E, infelizmente como acontece com muitas sequelas, o filme não está ao mesmo nível do original.

O filme tem um começo bastante forte e, durante os primeiros 15 minutos, acreditamos que esta vai ser uma sequela ao mesmo nível do original. Infelizmente, depois desses 15 minutos, o filme baixa de qualidade, embora por vezes tenha algumas sequências bem conseguidas.

Parece-me mais violento e over the top que o original, com bastantes mais mortes e membros cortados em frente da câmara, o que neste caso ajuda ao fator de entretenimento do filme (vamos ser justos, ninguém vai ver este filme devido ao seu argumento).

Do elenco original estão de volta Rodrigo Santoro como o rei Xerxes, Lena Headey como a rainha Gorgo e David Wenham como Dilios. Dos novos atores, o destaque vai para Eva Green como Artemisia e Sullivan Stapleton como Themistocles. No geral, e tendo em conta o tipo de filme, todos realizam interpretações decentes.

Pelo que é escrito acima, não parece que o filme seja muito pior que o original, mas de facto é, devido especialmente a três factores que passo a indicar abaixo.

Em primeiro lugar, embora o filme contenha alguns cenários bastante bonitos, visualmente não surpreende nem traz nada de novo (ao contrário do original que criou um estilo próprio).

Segundo, parte do sucesso do original deveu-se ao carisma do seu ator principal. Gerard Butler encarnou completamente o papel do rei Leonidas e ainda hoje a frase "This is Sparta!" é bastante conhecida e diria que já faz parte da história do cinema. Sullivan Stapleton, embora contenha algum carisma, não consegue rivalizar com Gerard Butler e essa diferença nota-se especialmente nas cenas onde esse carisma faria a diferença.

Mas de longe, o grande ponto negativo do filme são os diálogos. A grande maioria são irreais e a tentam ser "épicos" o que faz com que o espetador perca qualquer interesse na história. Nas poucas vezes em que os diálogos são simples, e dou ênfase à palavra poucas, é que estes se enquadram bem no filme.

300: Rise of an Empire acaba por sofrer do mal da maioria das sequelas. Ao tentar ser maior e melhor, acaba por se tornar forçado, previsível e aborrecido, quando simplesmente podia ser um filme divertido de ser ver (e tem sequências que são honestamente divertidas). Além disso, contém um dos finais mais forçados e "a pedir continuação" que eu vi nos últimos tempos.

6/10


Un Homme de têtes

Nos primórdios do cinema, quando os primeiros visionários já tentavam tirar o máximo partido dessa nova arte, Georges Méliès, um antigo mágico, realiza e actua neste pequeno filme que deve ter espantado e maravilhado os espectadores do final do século XIX.


Doodlebug

Uma curta realizada em 1997 por um realizador desconhecido na altura chamado Christopher Nolan.



Her



Realizador: Spike Jonze
Ano: 2013
Género: drama, romance, ficção científica.


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"I've never loved anyone the way I loved you."

Imaginemos um mundo onde a tecnologia já é suficientemente evoluída para desenvolver um Sistema Operativo com inteligência artificial superior à da espécie humana. Continuando a avançar essa ideia, vamos agora imaginar que um humano se apaixona por esse Sistema Operativo. Essa é a premissa de Her, o novo filme escrito e realizado por Spike Jonze. No papel, o filme parece ter tudo para falhar ou para se tornar em mais uma das comédias/dramas românticos bizarros muito em voga nos anos 80 (um exemplo disso é o filme Weird Science). Felizmente este não é o caso.

Spike Jonze constrói uma obra crédivel e madura, que foge da maioria dos clichés habituais muito presentes nestes géneros, em que cada cena mais divertida ou mais dramática surge naturalmente no enredo (grande feito tendo em consideração que nunca vemos um dos elementos).

Visualmente bonito, mas sem nunca sobressair, os cenários têm a mais valia de não indicar explicitamente o tempo em que decorre a ação e, ao mesmo tempo, são suficientemente ambíguos para fazer o espetador pensar que pode estar a ver um filme que se passa 6 meses ou 60 anos no futuro. Este pequeno detalhe ajuda ao investimento por parte do público na história.

Algures pelo meio da narrativa, perdi momentaneamente o interesse no que se estava a passar (mais por culpa minha do que do filme). Durante esse tempo, apercebi-me que o realizador parece estar a tentar tocar em temas mais profundo do que à primeira vista parece, sem, no entanto, tomar qualquer tipo de partido, o que me fez apreciar mais a obra.

Para este tipo de argumento, o elenco era importante para evitar que o filme caísse no ridículo ou fosse demasiado dramático, e nesse aspeto particular todos os actores fazem um excelente trabalho, com destaque para Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson, ou mais particularmente, a voz de Scarlett Johansson.

Joaquin Phoenix parece que nasceu para aquele tipo de papel (é estranho não ter sido nomeado para o Óscar de melhor ator) e Scarlett Johansson demonstra mais emoções só com a voz do que outros atores/atrizes com o corpo todo. Além disso, consegue trazer todo o seu sex-appeal, novamente apenas com a sua voz (algo que não estava nada à espera) e a sua química com Joaquin Phoenix é outro ponto alto da obra (o que não deixa de ser estranho, porque as suas falas foram gravadas em pós-produção - fonte imdb).

Her, um dos melhores filmes de 2013 e talvez o melhor no seu género nesse ano. Mais profundo do que pode parecer à primeira vista (o Óscar de argumento original é merecidíssimo), é digno de uma hipótese mesmo para os espectadores que não "ligam"/gostam do género.

7,7/10

P.S.: A canção original presente no filme é muito mais merecedora do Óscar do que a música de princesa Disney que ganhou e que ouvimos em praticamente todos os filmes da Disney!!!

Fresh Guacamole

Agora que os Oscars acabaram, parece-me que faz sentido apresentar uma das curtas que estiveram nomeadas no ano passado. Original e visualmente engraçada, esta é a prova que uma curta sem qualquer tipo de história pode também ter sucesso.


Presto

A curta apresentada no cinema antes do filme Wall-E sobre um mágico e o seu coelho.
Não é das melhores da Pixar, mas continua a ser acima da média e bastante divertida.


American Hustle



Realizador: David O. Russell
Ano: 2013
Género: crime, drama.


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"We fight and then we fuck, that's our thing."

O novo filme de David O. Russell, American Hustle (traduzido para "Golpada Americana"), apresenta um Christian Bale que se reinventou novamente para um filme, não de forma tão extrema como no filme The Machinist, mas igualmente notável. Este encontra-se à frente de um grande leque de atores e de uma história que tinha potencial para ser grande mas, no entanto, acaba por ser apenas uma oportunidade mais ou menos falhada.

Não querendo dizer com isto que é tudo mau, aliás, parte do problema pode ser mesmo isso, não existe nada de realmente mau no filme, mas também não existe nada de realmente grandioso (exceção talvez à prestação do elenco, que mesmo assim não é suficiente para elevar o filme).

O desenvolvimento do enredo é estranho e confuso, nunca me fez ficar realmente interessado na história, não sei se devido ao argumento em si, se devido à edição do mesmo.

O elenco, encabeçado por Christian Bale, é de qualidade e é o principal motivo para se assistir à obra. Como disse mais acima, Christian Bale, reinventa-se e constrói mais uma grande interpretação, sendo a sua nomeação para os Óscares totalmente merecida. Amy Adams e Bradley Cooper realizam também grandes interpretações, sendo este trio de personagens o principal motivo para ver o filme. Jennifer Lawrence, num papel secundário, está uns pontos abaixo em relação aos três atores principais e Jeremy Renner foi, para mim, a grande surpresa do filme com uma interpretação ao mesmo nível destes.

A grande surpresa do filme ficou reservada para um cameo, bastante inesperado, que devido à sua caracterização levei algum tempo a reconhecer, e que domina totalmente as poucas cenas em que está envolvido.

Este filme parece-me que se enquadra no género de  "filme que podia ter sido grande", mas no entanto não consegue. Não existe nada de realmente mau na execução do mesmo e, no entanto, também não existe nada que faça o filme saltar para o patamar de obra-prima.

Uma desilução que vale unicamente pelas interpretações do seu elenco!

6,7/10


Tales from the Dark



Realizador: Fruit Chan, Chi-Ngai Lee e Simon Yam
Ano: 2013
Género: terror.

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Não conhecendo muito do cinema de Hong Kong, mas sendo um fã de cinema, aventurei-me nesta 5ª Mostra de Cinema de Hong Kong estreando-me com um filme de terror (esperemos que o primeiro de muitos), cujo tema se centra em fantasmas.

O filme consiste em três histórias, de três realizadores diferentes, sem qualquer relação entre elas.

A primeira história, Jing Zhe, realizada por Fruit Chan, é talvez a que tem um argumento mais estranho e fraco, compensado, no entanto, com um ambiente que deixa o espetador em constante ansiedade (este tipo de ambiente fez-me lembrar o Ringu).

A segunda história, A Word in the Palm, realizada por Chi-Ngai Lee, mostra que um argumento pode conter comédia mas continuar a ser de terror, e ter momentos bastantes assustadores. Além disso, os dois atores principais complementam-se bastante bem, ajudando a história.

Se as duas primeiras partes demonstraram o uso de ambiente e de comédia para conseguir contar uma história de terror, a última, Stolen Goods, de Simon Yam, utiliza a violência de forma mais explícita (não abdicando a utilização de alguma comédia) no argumento, tendo como base uma tradição de Hong Kong.

Todas as histórias apresentam formas, e até certo ponto, géneros diferentes de contar uma história de fantasmas, sem com isso perder o foco no argumento.
Nenhuma das partes sobressaí em relação às outras, contendo cada uma delas diferentes pontos fortes e fracos (sem contar com o CGI que, embora usado muito raramente, fica alguns pontos abaixo de qualquer filme de Hollywood).

Um bom filme para qualquer amante de terror oriental que, não sendo nada de especial, entretem bastante. Para todos os outros, vale a pena dar uma hipótese, nem que seja para conhecer o cinema feito noutras partes do mundo.

6,5/10

The Wolf of Wall Street



Realizador: Martin Scorsese
Ano: 2013
Género: biográfico, comédia, crime, drama.


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"Sell me this pen."

Na quinta colaboração entre o actor Leonardo DiCaprio e o realizador Martin Scorsese, o duo resolve pegar no tema atual da bolsa explorando os seus benefícios e malefícios.

Baseado na obra biográfica de Jordan Belfort, The Wolf of Wall Street, o filme segue a sua vida focando-se não só na sua vertente profissional, mas também na vertente pessoal.

Sendo os filmes biográficos um género tipicamente pesado e até algo "massudo", Scorsese consegue dar uma vitalidade que, sem esquecendo as raízes da obra, consegue arrancar ao espetador gargalhadas honestas. Os diálogos do filme são dignos de uma qualquer obra de Quentin Tarantino, e no geral o filme mostra, uma vez mais, o hábil contador de histórias que Martin Scorsese é.

Com três horas de duração, o filme nunca parece longo, ajudando para isso as cenas de pura loucura que existem por toda a película.

Leonardo DiCaprio faz novamente um grande papel, demonstrando uma vez mais que é um dos melhores atores da sua geração, não tendo medo de correr riscos e de variar entre géneros.

Dos restantes atores, um dos destaques vai para Jonah Hill que, com esta interpretação, apresenta-se como um melhor ator do que muitos dos seus outros filmes dão a entender. Mas é Matthew McConaughey, com um pequeno papel, que fica na imaginção dos espectadores deixando-os com o desejo de ver mais desse personagem.

Um filme para todos os fans do realizador e de bom cinema em geral, The Wolf of Wall Street, embora visualmente explicíto (e não como se imagina para um filme de Scorsese) é um filme irreverente e divertido com boas interpretações e uma história mais profunda do que parece.

Sem dúvida, um dos melhores filmes do ano!

8,5/10

Game

Vista na edição de 2013 do MoteLx, simplesmente não tenho palavras. Não foi a melhor curta que lá vi (garantidamente), mas é desta curta que me recordo mais.


Mama

A curta a partir da qual o filme Mama é baseado com uma explicação de Guillermo del Toro (produtor da longa metragem).


The Backwater Gospel

Medo e o que pode fazer às pessoas!!!

Uma das melhores curtas de animação que alguma vez vi, tanto pela história como pelo ambiente apresenta uma ideia do que possa ser.


The Punisher: Dirty Laundry

"I wanted to make a fan film for a character I've always loved and believed in - a love letter to Frank Castle & his fans. It was an incredible experience with everyone on the project throwing in their time just for the fun of it. It's been a blast to be a part of from start to finish -- we hope the friends of Frank enjoy watching it as much as we did making it." - Thomas Jane

Com esta citação deixo a curta que me fez imaginar o que podia sair numa longa metragem.