Suicide Squad (2016)

http://www.imdb.com/title/tt1386697/

Ok, agora que já dormi (pouco) sobre o assunto aí vai (o texto originalmente foi escrito no dia a seguir ao visionamento do filme).
O filme parece uma manta de retalhos sem fluxo entre as cenas (o que dá a entender que os boatos de filmarem cenas novamente e interferência da wb pode ser verdade).
O estilo continua igual aos restantes filmes (eu pessoalmente gosto, mas é simplesmente uma questão de gosto).
O argumento não é nada de especial e cai em muitos lugares comuns (o que é pena porque tinham mesmo hipótese de fazer algo diferente).
Quanto às personagens:
Viola Davis faz um papel fixe, mas nada a ver com o que andam a dizer ( não é um papel assim tão bom).
Deadshot vai sofrer do efeito do Dredd do Stallone ( tenho ideia que o personagem devia andar mais com a máscara do que sem ela).
Harley Quinn (a minha nova actriz fetiche) não é tão psicótica como estava à espera
Killer Croc não tenho nada a dizer porque realmente ele não fez nada de especial
El Diablo gostei do papel e do actor ( embora caia em alguns lugares comuns)
Captain Boomerang parece meio perdido no meio dos outros personagens todos
Koto só existe para os trailers parecerem fixes.
Enchantress tem um estilo fixe ( actualmente é a melhor arma da dc contra a Marvel) mas como comentaram depois do filme, não entendo como uma personagem supostamente super poderosa e antiga vai lutar contra eles com 2 espadas e golpes de artes marciais.
Rick Flag claramente para mim foi o melhor personagem, gostei do personagem e do que o motivava.
O Joker.... Bem o Joker quero acreditar que se ele entrar noutros filmes vai fazer um papel melhor, porque este Joker está a anos luz do personagem do Dark Knight e diria até também do personagem do Batman do Tim Burton (da série dos anos 60 não sei porque nunca vi, mas tenho receio da minha opinião se a vir).
Slipknot é uma grande banda de Metal.
Basicamente como já escrevi, foi uma tentativa falhada mas espero que façam o segundo e corrijam os erros porque os actores pareciam estar realmente a divertir-se.

Nomeações dos Óscares 2016

No mesmo dia que se sabe do desaparecimento de um grande do cinema, saí a lista dos nomeados aos óscares.

Ainda não vi a lista, mas para os interessados fica aqui todos os nomeados directamente da fonte.

RIP: Alan Rickman

Um dos grandes actores da sua geração, Alan Rickman, fez a sua representação final.
De vilão em Die Hard a professor do jovem feiticeiro Harry Potter a numerosas peças de teatro, este versátil actor fez um pouco de tudo.

"I do take my work seriously and the way to do that is not to take yourself too seriously."

1946-2016

Il Buono, il Brutto, il Cattivo

Il Buono, il Brutto, il Cattivo (1966)

http://imdb.com/title/tt0060196/

Clint Eastwood mais que um grande actor e realizador é uma lenda do cinema, talvez o último verdadeiro grande duro existente.
Tal reputação começou a ser ganha com a trilogia do homem sem nome sendo The Good, the Bad and the Ugly (nome em inglês) o maior desse trilogia.
Do lendário realizador Sergio Leone, esta obra conta a história de três pistoleiros que se encontram à procura de ouro durante a Guerra Civil Americana.
Mais do que um western, esta é uma película onde os horrores da guerra civil são apresentados de forma fria e brutal, sem que o realizador faça qualquer tipo de juízo referente a qualquer um dos lados do conflito, tentando em vez disso, focar a brutalidade e estupidez do conflito, tornando quase esse o foco principal do filme e o restante apenas um sub-plot mais "leve e cómico" (ao contrário do que possa parecer o filme tem algumas partes cómicas, em particular do personagem interpretado pelo actor Eli Wallach) .
Os westerns de Leone sempre foram sujos, brutais e, à falta de melhor termo, frios e este filme não foge à regra. Nenhum dos três pistoleiros é verdadeiramente o bom da fita (ao contrário do que o título apresenta), simplesmente as motivações e acções de cada um deles pode fazer com que o seu carácter pareça mais bondoso.
A banda sonora do filme, composta por Ennio Morricone, ganhou ela própria o estatuto de lendária e pouca gente não a conhece hoje em dia (o tema principal é bastante usado para toque de telemóvel).
Música e imagem estão majestosamente integradas e complementam-se maravilhosamente, em particular numa cena de tortura brutalmente violenta onde a música de carácter triste consegue tornar a sequência mais forte.
Sendo um filme com a lendária personagem de Clint Eastwood (mundialmente conhecido como o Homem sem Nome), seria de esperar que essa fosse a interpretação que se destacasse.
Mas na verdade é Eli Wallach com a sua personagem de Tuco que mais sobressai. O actor construí uma personagem com grande carisma,  transmitindo grande empatia com os espectadores.
Lee Van Cleef, também é excelente com a sua personagem.
A interacção entre os três personagens é um dos pontos altos do filme, permitindo ao espectador apreciar três grandes actores numa só obra.
Mais do que um western, este é uma obra essencial do cinema mundial, onde Leone mostra que os westerns podem ser muito mais que normalmente era associado ao género.

Obra visualizada no 8 1/2 Festa do Cinema Italiano

Pontuação: 84

The Visit

The Visit (2015)

http://www.imdb.com/title/tt3567288

M. Night Shyamalan pode-se dar ao luxo de dizer que já viu as duas facetas de Hollywood. De menino querido e visionário (com obras como The Sixth Sense e Unbreakable) a pária e objecto de gozo (The Last Airbender e After Earth), este argumentista/realizador já caminhou pelos dois. Após os seus últimos fracassos, o realizador tenta criar um filme na onda da obra que o tornou mundialmente famoso.
Em The Visit acompanhamos dois adolescentes que vão pela primeira vez conhecer os avós maternos e que começam a observar fenómenos estranhos.
Para começar vamos já tirar a dúvida que provavelmente existe. Sendo este um filme de Shyamalan, sim existe um twist, e não, o twist é bastante previsível e descobre-se muito cedo na obra.
A utilização do chamado mockumentary (documentário ficcional), embora demasiado comum hoje em dia, está no geral bem conseguido (com excepção de uma ou outra cena).
O filme tenta uma mistura de suspense/humor que não sendo revolucionário consegue uma alternância interessante entre as duas. Grande parte dessa comédia ocorre graças ao actor Ed Oxenbould que se não sofrer do mal de jovem actor que se perde algures nas teias de Hollywood pode ter uma carreira interessante.
Neste campo, a interacção entre os dois jovens actores é bem conseguida e com o avançar do filme torna-se um dos pontos interessantes do mesmo. Os restantes actores têm interpretações competentes, não comprometendo o filme.
O grande ponto negativo da obra é o sentimentalismo que a mesma tenta incutir no espectador, existindo muitas vezes o chamado momento face palm.

M. Night Shyamalan tem aqui uma obra interessante que embora não seja revolucionária como as suas obras iniciais, também não é um desastre autêntico como as suas últimas.

P.S.:  felizmente o realizador não caiu na tentação de encher o filme de jump scares, e embora os poucos que existem não são muitos eficazes, também não irritam.

Obra visualizada no MoteLx 2015

Pontuação: 64

Rubber

Rubber (2010)

http://imdb.com/title/tt1612774/

Por vezes o cinema "cospe" conceitos e propostas tão estranhas que mesmo sabendo o quão mau são, não conseguimos deixar de ser atraídos para eles qual estrela na proximidade dum buraco negro (expressão snob fica sempre bem). Neste campo em particular Rubber é uma das propostas mais aliciantes que surgiu nos últimos tempos.
O enredo do filme é bastante simples e pode ser resumido da seguinte maneira:
- existe um pneu que mata seres vivos (incluindo pessoas);
- existe uma força policial à procura dum assassino.

Com este enredo podia ter surgido um mau filme suficientemente divertido (intencionalmente ou não) que valesse a pena ser visto, mas infelizmente estamos apenas na presença de um filme aborrecido.
O realizador (que se não me engano foi também o escritor) tenta em demasia demonstrar o non sense de toda a obra, tendo cenas forçadas e que parecem que foram feitas apenas porque sim ou para aumentar o tempo de duração (não consigo arranjar outro motivo).
Os actores são todos banais com excepção do Stephen Spinella que parece estar a divertir-se à farta com tudo aquilo.
De resto, esta é uma obra sem qualquer ponto de interesse com excepção do conceito (cheguei a dormitar em algumas partes) que muito possivelmente funcionava melhor como curta.

RIP: Wes Craven

Um mestre do terror que fez algumas das obras mais reconhecidas dos últimos 30 anos (Nightmare in Elm Street e Scream).
Podia gostar-se ou não do género e/ou da sua abordagem, mas uma coisa é certa, o mundo do terror perdeu um dos seus grandes inovadores!

"Horror films don't create fear. They release it."

1939-2015