É favor tirar o chapéu!

Desde quando a experiência de uma ida ao cinema deixou de somente servir para ver o filme pretendido como também começou a pôr-nos a par das últimas novidades do mundo publicitário? A juntar a isto, vem o sempre querido aviso para desligar os telemóveis e tentar manter uma conduta respeitável na sala. Será que sempre assim foi?
Devo dizer que em relação à publicidade, tenho as minha dúvidas, mas parece que uma conduta respeitável sempre foi um aspecto a focar, como se pode verificar nas imagens abaixo.

Guardadas nos arquivos da Biblioteca do Congresso, em Capitol Hill, Washington, estas fotos permitem-nos uma pequena espreitadela às telas do começo do séc. XX.








Fonte: My Modern Met

Brazil

Brazil (1985)
O que acontece quando uma distopia não funciona?
Esta é a pergunta que Terry Gilliam (um dos membros originais dos Monty Python) tenta responder, com esta obra que apresenta algumas parecenças com o clássico 1984.
O filme tem um ambiente surreal, lembrando-nos Monty Python, embora com o estilo próprio do realizador.
Com um elenco de luxo, que contém entre outros Robert De Niro e Michael Palin (outro Python), o elenco consegue com o material surreal construir interpretações sérias, mas com um toque de humor, o que funciona na perfeição com o estilo que o realizador pretendia.
Um filme obrigatório para todos os fans de distopias.
Para os restantes uma obra que vale a pena ver.
Pontuação: 82

The Hobbit: The Battle of the Five Armies

The Hobbit: The Battle of the Five Armies (2014)

http://imdb.com/title/tt2310332/

Mais o fim de uma trilogia.... 11 anos depois da trilogia que revolucionou a forma de fazer cinema, Peter Jackson encerra a sua prequela com o melhor filme destes três.
Este terceiro filme apresenta um ar mais sombrio e negro em relação aos anteriores (mais de acordo com a trilogia do Senhor dos Anéis), embora não seja superior a nenhum dos filmes da anterior trilogia.
Com isto não quero dizer que o filme é mau, muito pelo contrário, estamos na presença de um grande filme bastante mais interessante do que os anteriores, com uma cinematografia impressionante e com boas interpretações (com alguns cameos muito bem vindos).
O grande ponto negativo do filme (tanto este como nos outros) é viver na sombra da trilogia do Senhor dos Anéis. Se a ordem das trilogias fosse diferente, os filmes seriam considerados mais épicos e revolucionários (penso que a filmagem em 48 frames em vez de 24 frames não teve grande impacto).
Assim, e tendo em consideração que o material original é inferior (a obra que é baseado), estamos na presença de um grande filme que consegue juntar as duas trilogias. Superior que os anteriores, mas pior que qualquer um da trilogia anterior, não deixa de ser uma boa experiência este regresso à terra média.

Pontuação: 80