Presto

A curta apresentada no cinema antes do filme Wall-E sobre um mágico e o seu coelho.
Não é das melhores da Pixar, mas continua a ser acima da média e bastante divertida.


American Hustle



Realizador: David O. Russell
Ano: 2013
Género: crime, drama.


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"We fight and then we fuck, that's our thing."

O novo filme de David O. Russell, American Hustle (traduzido para "Golpada Americana"), apresenta um Christian Bale que se reinventou novamente para um filme, não de forma tão extrema como no filme The Machinist, mas igualmente notável. Este encontra-se à frente de um grande leque de atores e de uma história que tinha potencial para ser grande mas, no entanto, acaba por ser apenas uma oportunidade mais ou menos falhada.

Não querendo dizer com isto que é tudo mau, aliás, parte do problema pode ser mesmo isso, não existe nada de realmente mau no filme, mas também não existe nada de realmente grandioso (exceção talvez à prestação do elenco, que mesmo assim não é suficiente para elevar o filme).

O desenvolvimento do enredo é estranho e confuso, nunca me fez ficar realmente interessado na história, não sei se devido ao argumento em si, se devido à edição do mesmo.

O elenco, encabeçado por Christian Bale, é de qualidade e é o principal motivo para se assistir à obra. Como disse mais acima, Christian Bale, reinventa-se e constrói mais uma grande interpretação, sendo a sua nomeação para os Óscares totalmente merecida. Amy Adams e Bradley Cooper realizam também grandes interpretações, sendo este trio de personagens o principal motivo para ver o filme. Jennifer Lawrence, num papel secundário, está uns pontos abaixo em relação aos três atores principais e Jeremy Renner foi, para mim, a grande surpresa do filme com uma interpretação ao mesmo nível destes.

A grande surpresa do filme ficou reservada para um cameo, bastante inesperado, que devido à sua caracterização levei algum tempo a reconhecer, e que domina totalmente as poucas cenas em que está envolvido.

Este filme parece-me que se enquadra no género de  "filme que podia ter sido grande", mas no entanto não consegue. Não existe nada de realmente mau na execução do mesmo e, no entanto, também não existe nada que faça o filme saltar para o patamar de obra-prima.

Uma desilução que vale unicamente pelas interpretações do seu elenco!

6,7/10


Tales from the Dark



Realizador: Fruit Chan, Chi-Ngai Lee e Simon Yam
Ano: 2013
Género: terror.

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Não conhecendo muito do cinema de Hong Kong, mas sendo um fã de cinema, aventurei-me nesta 5ª Mostra de Cinema de Hong Kong estreando-me com um filme de terror (esperemos que o primeiro de muitos), cujo tema se centra em fantasmas.

O filme consiste em três histórias, de três realizadores diferentes, sem qualquer relação entre elas.

A primeira história, Jing Zhe, realizada por Fruit Chan, é talvez a que tem um argumento mais estranho e fraco, compensado, no entanto, com um ambiente que deixa o espetador em constante ansiedade (este tipo de ambiente fez-me lembrar o Ringu).

A segunda história, A Word in the Palm, realizada por Chi-Ngai Lee, mostra que um argumento pode conter comédia mas continuar a ser de terror, e ter momentos bastantes assustadores. Além disso, os dois atores principais complementam-se bastante bem, ajudando a história.

Se as duas primeiras partes demonstraram o uso de ambiente e de comédia para conseguir contar uma história de terror, a última, Stolen Goods, de Simon Yam, utiliza a violência de forma mais explícita (não abdicando a utilização de alguma comédia) no argumento, tendo como base uma tradição de Hong Kong.

Todas as histórias apresentam formas, e até certo ponto, géneros diferentes de contar uma história de fantasmas, sem com isso perder o foco no argumento.
Nenhuma das partes sobressaí em relação às outras, contendo cada uma delas diferentes pontos fortes e fracos (sem contar com o CGI que, embora usado muito raramente, fica alguns pontos abaixo de qualquer filme de Hollywood).

Um bom filme para qualquer amante de terror oriental que, não sendo nada de especial, entretem bastante. Para todos os outros, vale a pena dar uma hipótese, nem que seja para conhecer o cinema feito noutras partes do mundo.

6,5/10