300: Rise of an Empire



Realizador: Noam Murro
Ano: 2014
Género: acção, drama, fantasia, guerra.


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"For glory's sake, war!"

Em 2006, e aproveitando em parte o estilo inovador de Sin City, surgiu 300 de Zack Snyder. Baseado numa graphic novel de Frank Miller, o filme foi um surpreendente sucesso.

Agora, em 2014, surge a sequela tendo por base novamente uma graphic novel de Frank Miller, mas desta vez Zack Snyder fica apenas com o papel de produtor passando a realização para o cargo de Noam Murro. E, infelizmente como acontece com muitas sequelas, o filme não está ao mesmo nível do original.

O filme tem um começo bastante forte e, durante os primeiros 15 minutos, acreditamos que esta vai ser uma sequela ao mesmo nível do original. Infelizmente, depois desses 15 minutos, o filme baixa de qualidade, embora por vezes tenha algumas sequências bem conseguidas.

Parece-me mais violento e over the top que o original, com bastantes mais mortes e membros cortados em frente da câmara, o que neste caso ajuda ao fator de entretenimento do filme (vamos ser justos, ninguém vai ver este filme devido ao seu argumento).

Do elenco original estão de volta Rodrigo Santoro como o rei Xerxes, Lena Headey como a rainha Gorgo e David Wenham como Dilios. Dos novos atores, o destaque vai para Eva Green como Artemisia e Sullivan Stapleton como Themistocles. No geral, e tendo em conta o tipo de filme, todos realizam interpretações decentes.

Pelo que é escrito acima, não parece que o filme seja muito pior que o original, mas de facto é, devido especialmente a três factores que passo a indicar abaixo.

Em primeiro lugar, embora o filme contenha alguns cenários bastante bonitos, visualmente não surpreende nem traz nada de novo (ao contrário do original que criou um estilo próprio).

Segundo, parte do sucesso do original deveu-se ao carisma do seu ator principal. Gerard Butler encarnou completamente o papel do rei Leonidas e ainda hoje a frase "This is Sparta!" é bastante conhecida e diria que já faz parte da história do cinema. Sullivan Stapleton, embora contenha algum carisma, não consegue rivalizar com Gerard Butler e essa diferença nota-se especialmente nas cenas onde esse carisma faria a diferença.

Mas de longe, o grande ponto negativo do filme são os diálogos. A grande maioria são irreais e a tentam ser "épicos" o que faz com que o espetador perca qualquer interesse na história. Nas poucas vezes em que os diálogos são simples, e dou ênfase à palavra poucas, é que estes se enquadram bem no filme.

300: Rise of an Empire acaba por sofrer do mal da maioria das sequelas. Ao tentar ser maior e melhor, acaba por se tornar forçado, previsível e aborrecido, quando simplesmente podia ser um filme divertido de ser ver (e tem sequências que são honestamente divertidas). Além disso, contém um dos finais mais forçados e "a pedir continuação" que eu vi nos últimos tempos.

6/10




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